Dá ou não dá uma preguiça de abrir o Instagram sabendo que vai ver mais do mesmo? Todos os famosos em Trancoso, Jeri, Ilhabela, St Barths (aliás, não vi nenhum famoso brazuca esquiando em algum hot spot neste início de ano), as frases repostadas, printadas 1.345 vezes, a piada infame do Chapolim Sincero, o publipost, o patrocinado, e por aí vai.
Tem dias que meu ponto de escape favorito (aquele momento do dia que você só quer ver amenidades pra esquecer dos problemas e tarefas sobre a mesa) é abrir o Pinterest e entrar na pasta de objetos de decoração. Viajo nas fotos e salvo várias no meu board de inspiração pra nunca mais usar.
Passei duas semanas em férias praticamente sem postar conteúdo profissional. Em compensação, só deu o meu cachorro na timeline. Egotrip instagramática. Aquele tipo de publicação que nem sélfie: só faz bem pra gente ganhar likes que alimentam o ego e ler comentários fofos de pessoas que gostam de você.
Aí o ano começa e volta a necessidade (para a maioria) de gerenciar as coisas que publica nas redes. Sim, porque todo mundo, em maior ou menor grau, pensa no que vai publicar para ser percebido de algum jeito. E quem se preocupa com a imagem de mercado que tem, leva a coisa mais a sério e já pensa em como ganhar clientes ou vender produtos (ou a própria imagem como influenciador).
+ NEM TODO MUNDO PRECISA DO STORIES PARA COMUNICAR
O problema é que essa informação, mesmo acessível na internet, precisa ser direcionada por meio de um estudo personalizado. Desculpa, mas é assim que funciona de maneira assertiva. Eu sigo defendendo que posts úteis e informativos, mesmo que minimamente egocêntricos, engajam mais do que selfies, fotos posadas e ambientes cuidadosamente produzidos para serem perfeitos. É claro que uma coisa não exclui a outra, e que o equilíbrio é a alma da imagem na timeline.
Aliás, essa onda do esteticamente perfeito passou faz tempo. O que você acha mais interessante? A sélfie que a amiga publicou mil vezes com variações de figurino e cenário ou a foto espontânea, que nem é do melhor ângulo dela, mas que foi flagra de um momento único?
Para piorar a situação de quem acha que produzir conteúdo interessante e que engaja tem fórmula (como muitos gurus de internet dizem por aí…) afirmo que não tem. O que existem são estudos baseados em algoritmos (inteligência artificial) e observação de comportamentos. Coisa que pode mudar antes mesmo de a maioria ficar sabendo.
Só uma coisa é atemporal e altamente engajável, instagramável: a verdade. Ser autêntico, espontâneo, verdadeiro, não sai de moda. Respeitar a essência é mudar a direção do olhar do outro para si em um mundo tão veloz, tão igual, muitas vezes tão chato. Permita-se ousar e assuma as características que te fazem único nesse mundão.
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